Viajar

Estamos de mudança de Boa Vista-RR para Curitiba-PR. Pra aproveitar a oportunidade, resolvemos dar uma olhada no jeitão (antropologia, geografia, fotografia, o olhar das pessoas) dessa nossa América do Sul, fazendo a volta pela costa oeste do continente. Nossa "nave-mãe" nessa jornada será um Suzuki Grand Vitara (ano 2010). Estimamos a viagem em torno de 14 mil km, o que pretendemos percorrer em cerca de 40 dias.

Gostaríamos de compartilhar essa experiência com nossos amigos através deste blog, e, com isso, tornar essa jornada não apenas nossa, mas de todos que nos acompanharem. Convidamos vocês a viajar conosco, e a fazer comentários e sugestões.

Escrever sobre a viagem também nos ajuda a criar uma perspectiva de observadores da nossa própria história, o que é sempre interessante.

Assis, Mari e Thaís.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

42) 17 Jan 2011 - A hora de chegar

17 Jan 11
43º dia
De Quatro Pontes a Curitiba (PR)
560 km

            Apesar do dia tranqüilo ontem, hoje, particularmente, senti o cansaço acumulado e o desgaste dessa vida de estrada. Mas também não fazia mais muita diferença...

            Tocamos o solo em Curitiba às seis da tarde, depois de uma viagem sem nenhuma pressa e com muitas paradas.

            Muito bom chegar ao nosso objetivo final, mas, como disse no dia em que chegamos ao Brasil, a sensação de chegada mesmo foi vivenciada naquele dia. A chegada de hoje teve um tom mais de preocupação e de ansiedade pela fase que se inicia em seguida – todo o processo de instalação e de adaptação a uma nova cidade e a novas demandas - do que propriamente de comemoração ou de alívio. É como as coisas são.

            Hoje, na estrada, curtindo aquele visual bucólico e aprazível dos campos do Paraná – plantações e araucárias a perder de vista – a Mari comentou que acha mais bonita essa paisagem do que aquela aridez dos desertos do Peru e do Chile. E eu fiquei pensando no quanto de conceito existe nessa nossa sensação do belo...

            Talvez o simples fato do contraste e da raridade da oportunidade de estar em contato com certos ambientes nos cause essa sensação de admiração e de perplexidade. Ou será que os povos que vivem nessas áreas desérticas têm a mesma sensação que nós que as vemos pela primeira vez?...

            É verdade, os campos verdes e cheios de vida do interior do Paraná são mesmo muito bonitos. Talvez só não sejam mais bonitos por serem tão comuns, de tão fácil acesso, tão próximos do nosso dia-a-dia.

            É mais ou menos o que acontece com as Cataratas do Iguaçu. O visual em si é deslumbrante, mas o contexto dos bastidores é artificializado demais. Não tem comparação, por exemplo, com o ambiente do Monte Roraima – totalmente intocado, distante, isolado, difícil.

            A sensação de beleza tem diversos componentes. O visual conta muito, mas não é só isso.

            Bem, agora então só nos resta voltar lentamente ao mundo cotidiano das obrigações e compromissos da nossa vida urbana de trabalho e estudo. E não vou negar que essa rotina não deixa de ter o seu atrativo.

            Mas, hoje, olhamos para um mapa da América do Sul de forma totalmente diferente. Enxergamos e conseguimos entender o que significam aquelas fronteiras, aquelas estradas, aquele escurinho que representa a Cordilheira dos Andes...

            E nem tudo fica registrado em fotos. O cheiro gostoso de madeira velha da igreja da praça central de San Pedro de Atacama, o olhar dos meninos vendendo melão à beira da estrada na Argentina, o andar sem pressa das pessoas na pequena praça de um vilarejo no interior da Colômbia, a timidez das crianças pastoreando os rebanhos de ovelhas nas montanhas do Equador, a sensação de desolação e de quietude dos desertos do Peru... Sensações e lembranças que vão ficar ecoando nos nossos dias, em meio aos afazeres e apelos que certamente virão.

            É assim. O tempo presente das viagens é apenas uma pequena parte dessas vivências. As lembranças, as fotos, as sensações, são o legado que fica depois, e são imensuráveis.



Força Sempre



P.S: Conforme prometi há alguns dias, assim que conseguir escrever, vou postar um texto com alguns dados práticos e alguns resumos da viagem, que podem, eventualmente, servir a alguém interessado especificamente no tema, assim como as fotos dos últimos dias. Valeu!

41) 16 Jan 2011 - Vida Simples

16 Jan 11
42º dia
De Foz do Iguaçu a Quatro Pontes (PR)
240 km (mais ou menos)





            A idéia hoje era sair cedo pra Curitiba, mas ontem recebemos um convite tentador do Ezidio Jr, primo da Mari, de fazer um vôo panorâmico de helicóptero sobre as Cataratas do Iguaçu hoje pela manhã, através de mais uma cortesia conseguida por ele.

            Assim, fizemos o vôo e apreciamos a vista aérea da região. O passeio dura em torno de dez minutos (o preço normal é de cento e oitenta reais por pessoa). Muito bonito, mas o passeio de barco é mais natural e mais divertido.

            Acabamos saindo de Foz por volta das onze e meia da manhã e resolvemos fazer mais uma alteração nos planos. Decidimos fazer uma visita a um irmão da Mari que mora no interior do Paraná, numa área rural próxima do município de Quatro Pontes.

            E é interessante fazer aqui um breve registro do estilo de vida desse simpático casal – Neivo e Preta. Os dois moram numa casa que eles mesmos construíram – e não no sentido que se costuma dizer por aí, mas no sentido literal de fazer com as próprias mãos. Os dois filhos se casaram há poucos anos e já saíram de casa. Vivem das habilidades de cultivar a terra – uva, soja, milho – e da criação de gado, suínos, galinhas, etc. Não têm horário de trabalho. Nem feriados e finais de semana pra se desligar do seu “negócio”. E estão o tempo todo atentos às viradas do tempo – ventania, granizo, geada...

            O local do seu sítio é muito bonito e silencioso, e têm, ao alcance das mãos, frutas e verduras que dão por ali.

            Certamente eles também têm o seu “contexto”, mas vou lhes dizer: é admirável esse estilo de vida simples, livre, silencioso, desligado das modernices desse nosso mundo urbano meio arrogante e convencido demais de suas qualidades.

            Dormimos super bem, embalados por uma boa conversa fiada e o vinho da casa – da casa mesmo, feito lá.

Força Sempre




As Cataratas do Iguaçu vistas de cima.






















































Pequeno vídeo do passeio de helicóptero.




Thaís no parreiral no sítio do seu tio Neivo.








terça-feira, 18 de janeiro de 2011

40) 15 Jan 2011 - Cataratas do Iguaçu

15 Jan 11
41º dia
Foz do Iguaçu





            Que descansar que nada! Ratificando o nosso espírito irrequieto, metemo-nos hoje no circuito turístico de Foz do Iguaçu. De manhã fomos visitar o Parque das Aves – um muito bem cuidado e muito bonito zoológico de aves e alguns répteis. Muito bacana poder estar lado a lado com espécies raras e belíssimas de aves, e num ambiente muito próximo ao natural.

            Na sequência fomos ao Parque Nacional do Iguaçu, visitar as famosas Cataratas. O cenário realmente é deslumbrante, mas... Estivemos (eu e Mari) nesse monumento natural da humanidade há mais de dez anos. Lembro-me que naquela época era fácil chegar aos mirantes das Cataratas e às diversas trilhas em volta das quedas. Hoje existe uma mega-indústria do turismo em volta do espetáculo natural. Começa-se pagando a módica quantia de vinte e dois reais por pessoa (brasileiro, adulto) para se ter acesso ao Parque. Aí embarca-se em vistosos ônibus que levam os turistas aos diversos pontos de interesse da área. A cada cem metros das trilhas há um quiosquezinho vendendo água, refrigerante e itens afins – por preços igualmente módicos, logicamente. Não se pode afirmar, apenas por rebeldia, que o esquema é pejorativo. Tudo é muito bem organizado, limpo, sinalizado. Apenas é também muito exploratório, muito “mega-estrela”, muito turismo de massa. Mas tirando esses detalhes, é um passeio que vale muito a pena, com certeza.

            Aproveitando a “teoria do Jaques” – já que estou aqui... – fizemos também um passeio muito legal de barco – infláveis com dois motores de popa de 150 hp – pelo rio até embaixo de algumas cataratas, nas quais tomamos um gostoso e forçado banho. Visual ainda mais deslumbrante e alta animação ao enfrentar as nervosas corredeiras do Rio Iguaçu a bordo de tão farta potência.

            Tivemos a generosa interseção, nesse tour, do primo da Mari – Ezidio Oro Júnior – que mora em Foz e, como biólogo, nos deu todas as dicas do que fazer e de como fazer, tendo inclusive conseguido a entrada em algumas atrações como cortesia para nós três. Nosso agradecimento especial a ele e ao seu pai, Sr Ezídio Oro, que também nos assistiu na reserva do hotel em que nos hospedamos.

            Certamente o passeio valeu, mas à noite o cansaço bateu forte, anunciando que estamos realmente precisando de uma parada.

            Mas amanhã é outro dia.

Força Sempre



Parque das aves.




Parece pintura, mas é real.




A Mari interagindo com o bichinho.




"Natureza em estado de natureza".




O Sr Tucano totalmente à vontade com a situação.




Natureza espetacular.




A Thaís novamente exercitando suas habilidades de destemor com os bichinhos.




As famosas Cataratas.




As Cataratas de outro ângulo.




Outro ponto de vista.




Bem perto do turbilhão de água.




De dentro do barco.




Um dos barcos do passeio por dentro do rio.




Mari e Thaís curtindo a "aventura".




Chegando bem perto.




Fim de tarde no Rio Iguaçu.




Em um dos mirantes.




Família reunida para um auto-retrato.




A Thaís no Parque das Aves.




Parque das Aves.




sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

39) 14 Jan 2011 - Pátria

14 Jan 11
40º dia
De Corrientes – Argentina a Foz do Iguaçu – Brasil
640 km






            Por mais que o conceito de Pátria também possa ser relativizado, como tudo, o fato é que a profundidade e a abrangência da cultura nacional de cada um são maiores e mais fortes do que às vezes imaginamos (ou não imaginamos).

            Essa ligação com as pessoas, com a língua, com o jeito de ser da nossa gente, com os nossos defeitos (que conhecemos e criticamos tanto), com nossas riquezas (que reconhecemos tão pouco), com nossa história... Essa ligação transcende nosso racionalismo. É um enlace de alma.

            Na volta da viagem ao Nepal, em 96, passei umas duas semanas na Inglaterra, uma das quais em Londres, e tive a oportunidade de conhecer vários brasileiros que estavam lá naquele esquema de trabalhar duro pra juntar grana pra um dia voltar para o Brasil. E uma percepção que me marcou foi o olhar e o jeito de falar comum a essas pessoas. Todos transmitiam a mesma sensação de falta, de uma lacuna aberta, de explícita saudade e nostalgia, de um objetivo comum de um dia voltar pra sua terra. Muito raro encontrar alguém sem esses sintomas.

            Viajar não é só ir e conhecer outros lugares. É também, e, quem sabe, sobretudo, não estar no lugar de sempre. O valor das viagens se destaca pelo contraste, pelo pano de fundo que se cria.

            Sentir esse prazer de retornar ao nosso país é indizível. É único. E não é apenas por questões práticas ou por conveniência. É afetivo mesmo.

           
            De certa forma a viagem se realizou com a nossa chegada hoje aqui em Foz do Iguaçu. Pelo menos essa é a sensação que tomou conta da gente hoje. A idéia agora é fazer uma “parada técnica” aqui amanhã – descansar, dar uma cuidado do carro, assimilar um pouquinho esses dias intensos – e prosseguir pra Curitiba no dia seguinte (domingo), onde, de acordo com a proposta inicial, vamos fazer, digamos assim, a chegada oficial da viagem.

            Depois disso pretendo fazer uma postagem com alguns tópicos mais práticos e alguns resumos, a título de ilustração e informação a quem se interessar pelo assunto.

É isso.

Força Sempre



Ponte sobre o Rio Paraná, entre Corrientes e Resistência, na Argentina.




Thaís no ponto exato da fronteira entre Argentina e Brasil, na ponte sobre o Rio Iguaçu.




Enfim em casa...




Rio Iguaçu: à esquerda o Brasil, à direita a Argentina.




Curitndo um pouquinho o momento da chegada.




Placa de boas vindas ao Brasil (meio caidinha, não?).




Aduana de saída da Argentina.




Mais um desenho da Thaís.




quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

38) 13 Jan 2011 - Estrada sem fim

13 Jan 11
39º dia
De Purmamarca a Corrientes – Argentina
940 km

            De volta ao mundo conhecido das baixas altitudes e das paisagens comuns!

A pernada de hoje contou com um trecho de estrada na região do Chaco argentino que assusta pela imensa reta e pela monotonia do visual. São praticamente 400 km de uma única reta (ok, com poucas e suaves curvas de vez em quando), ladeada por uma vegetação sem graça e invariável de mato, e às vezes alguns pequenos arbustos.

Próximo às poucas e pequenas cidades há também vastas plantações de girassóis e talvez soja, ou algum outro vegetal parecido (meu conhecimento dessa área é sofrível). Vê-se muitas máquinas agrícolas circulando pela estrada e diversos silos de armazenagem de grãos espalhados pelo horizonte.

Realmente é uma região um tanto monótona, principalmente se comparada à exuberância de ontem. Em compensação, fui à forra da vontade de andar rápido e sem impedimentos. Não saímos cedo (oito e meia da manhã), perdemos uma hora em San Salvador de Jujuy para achar uma casa de câmbio para trocar dinheiro, e ainda assim andamos bem (novecentos e quarenta quilômetros) e chegamos ainda de dia (sete e meia da noite) – mas fora isso paramos apenas e tão somente duas vezes para abastecer e comer alguma coisa. Ufa! Finalmente! Vou lhes dizer: bom esse negócio de andar rápido (rápido, não veloz). Arrego para aquele ritmo de quarenta por hora das estradas da Colômbia e região [risos].

Corrientes é uma cidade grande à beira do Rio Paraná, e vizinha da cidade de Resistência, do outro lado do rio, à qual se liga por uma bela ponte.

Amanhã então, depois de quarenta dias, é hora de voltar pra casa (país). Bom demais.


Força Sempre




O Hotel em que ficamos em Purmamarca, junto às montanhas.













37) 12 Jan 2011 - Cordilheira dos Andes, via Passo de Jama

12 Jan 11
38º dia
De San Pedro de Atacama – Chile a Purmamarca – Argentina
420 km

            Essa travessia da Cordilheira dos Andes pelo Passo de Jama é, definitivamente, fantástica, seja de carro ou de moto (de moto, logicamente, é muito mais fantástica [risos]).

            O visual é muito bonito. E não apenas das paisagens, mas o céu, assim como o sol, é claro, vigoroso, esplêndido. Há uma luminosidade radiante no ar. Isso, aliado à ausência de qualquer vestígio de presença humana, ao vento, ao frio, ao horizonte longínquo, às montanhas – constantes, altas, imponentes – compõem um quadro realmente enternecedor.

            É lógico, entretanto, que nem tudo é maravilhoso nesse ambiente extraordinário. A altitude está lá, silenciosa e insidiosa. E com ela a rarefação do ar. E com esta a batalha do organismo para se adaptar, e as conseqüências inevitáveis, em maior ou menor grau, dependendo da adaptação de cada um.

            A geografia dessa travessia é também digna de nota. Saindo de San Pedro, sobe-se numa tacada só, sem trégua, dos 2400 aos 4000 metros de altitude em pouco mais de 30 km. A partir daí a altitude varia dos 4 mil aos 4800 pelos próximos 300 km. No final outra descida abrupta: dos 4 mil aos 2200 metros em apenas 16 km! A vegetação é praticamente inexistente, à exceção de alguns poucos e bonitos cactos que aparecem no trecho final. E, de animais, apenas lhamas, selvagens, soltas, nas encostas das montanhas.

            A Thaís agüentou bem a parada até mais ou menos os 4500 metros, mas aí ela começou a sentir os efeitos. Sacamos então nossa carta da manga –  um cilindro de oxigênio que adquirimos em Arequipa, no Peru – e aliviamos o esforço dela através da oxigenação artificial. Funcionou. Ela foi se sentindo melhor e conseguiu concluir a travessia sem maiores problemas. A Mari e eu também sentimos o esforço da rarefação, mas passamos sem maiores dificuldades.

            A passagem nas aduanas também foi sem problemas. Apenas os procedimentos de praxe (uns 40 minutos pra dar a saída do Chile e cerca de uma hora pra regularizar a entrada na Argentina) e bola pra frente. A da Argentina foi nossa sexta aduana de entrada num país, e a última nessa viagem. A próxima fronteira é a de casa.

            Completamos hoje a significativa marca de 10 mil km rodados (neste momento, exatos 10.006 km).

            A ideia inicial para hoje era seguirmos até Salta ou San Salvador de Jujuy, duas cidades bem grandinhas na rota de casa. Mas, bem no sopé da Cordilheira tem um povoadozinho chamado Purmamarca – nada mais que um punhado de casas com ruas de terra, lindas montanhas em volta, um comércio pujante de artesanato e várias pousadinhas bem ajeitadinhas, tudo nesse aprazível clima de montanha (e fora da zona de desconforto da altitude). Não resistimos. Resolvemos encurtar o dia e curtir um pouquinho mais essa paz desses lugares distantes daquele agito das grandes cidades.

            Amanhã o plano é seguir em frente, possivelmente até Corrientes, ou próximo disso, para estarmos em condições de tocar solo pátrio na sexta-feira. Mas sem neurose, é lógico. Se não der, estará ótimo do mesmo jeito.

            Pois é, ta acabando (mas logicamente só acaba quando termina [risos])...

Força Sempre



Encontro com um casal de motociclistas de São Paulo, fazendo a volta pelo Peru (interoceânica), Chile e Argentina, sozinhos, de Suzuki V Strom 1000.









Vulcão Licancabur.



















Cordilheira dos Andes próximo ao Passo de Jama (4500 m de altitude).




Fronteira do Chile com a Argentina - Passo de Jama (4400 m de altitude).




Grupo de motociclistas brasileiros do Paraná, no Passo de Jama.
























Descida da Cordilheira dos Andes do lado argentino.
























Purmamarca e a feirinha de artesanato.









Coleção de adesivos de diversas expedições,
 numa porta da aduana em San  Pedro de Atacama









Estrada no alto da Cordilheira dos Andes.




Salar na Cordilheira dos Andes.










Legal essa visão leve das coisas, não?
Pra mim a percepção foi totalmente diferente [risos],
sempre preocupado com as coisas [risos]...