1º Jan 11
Acordei meio de “ressaca” hoje em virtude da encrenca de ontem à noite. Levei um tempo até conectar todos os neurônios e entender “onde estava e o que estava fazendo ali” [risos].
Meio sem pressa, acabamos saindo para o mundo já era quase onze horas da manhã. E o mundo realmente havia mudado. Não apenas de ano, mas o país em que estamos é outro.
Um céu completamente azul iluminado por um sol belíssimo nos deu as boas vindas ao Peru e ao novo ano que começou hoje.
E os meus sonhos de uma estrada em que pudesse acelerar sem interrupções parece que se realizaram. Bom asfalto, boas retas, pouco movimento e uma paisagem diferente e inspiradora embalaram o dia hoje e deram uma oxigenada na expedição.
Durante praticamente todo o dia estivemos atravessando uma região desértica chamada de “Desierto de Sechura”. Muito, muito bonito. Horizontes amplos, aquela paisagem monocromática, dunas de areia, muito vento e algumas montanhas ao longe compuseram o contexto.
E apesar de termos saído tarde, o dia rendeu muito bem.
O contato inicial com o Peru foi amistoso. Tudo é muito diferente dos vizinhos mais ao norte. O povo é mais simples (pra não dizer mais pobre mesmo)... Há muito lixo espalhado por todo lado e onde há gente há desorganização e aquela bagunça típica da América Latina.
Amanhã vamos continuar em direção ao sul, mas estamos com uma indefinição que só resolveremos amanhã, in loco: onde parar para pernoitar. O Peru é um país não muito bem servido de cidades de médio-grande porte, e por isso não é muito fácil montar esse quebra-cabeça de distâncias a percorrer e locais para parar. As circunstâncias nos levam amanhã para a região de Lima, mas sabemos que o trânsito da capital é caótico (“infernal”, diz um livro-guia que temos), e não estou nada a fim de nos meter em furadas de novo. Vamos ver o que faremos.
Força Sempre
Estrada, deserto e céu.
Sol e céu azul.
Imensidão e silêncio.
Estrada sem fim.
Esculturas da natureza - vento e areia.
Um pouco de verde no deserto.
Dia de imagens espetaculares.
Igreja em Cuenca.
Um grande nada.
No Peru não tem muita motocicleta. Em compensação, esses mototaxi (uma espécie de rikshaw motorizado) - uma derivação das motos tradicionais - estão por toda parte.
Gasolina no Peru:
3,58 galões custam 46,75 soles, ou seja
14,32 litros custam R$ 31,32 ou
R$ 2,18 por litro (aproximadamente)
(Obs: gasolina intermediária - 90 octanas)
1º Jan 11
27º dia
De Talara a Trujillo – Peru
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