06 e 07 Jan 11
32º e 33º dia
De Arequipa a Moquegua – Peru, e de Moquegua – Peru a Arica – Chile
220 + 250 km
Não foi planejado. Foi uma feliz coincidência chegar hoje aqui em Arica e dar de cara com a festa de chegada do Rally Dakar à cidade. Muito, muito legal!
Vinha acompanhando o Rally pelas notícias da internet, mas não estava muito ligado no cronograma da competição. Quando chegamos na fronteira do Peru com o Chile ficamos sabendo, através de uns motociclistas que estavam por lá, que o Rally estaria chegando hoje em Arica.
Nosso planejamento era seguir até Iquique – 300 km à frente - , mas uma combinação de duas horas e meia gastas nas aduanas, mais duas horas de diferença de fuso horário entre os dois países (duas horas mais tarde aqui no Chile), mais a campanha para ficar aqui hoje do segmento feminino da equipe, nos fizeram mudar os planos. No final das contas ganhamos o prêmio de poder curtir a chegada do Rally mais de perto e com um pouco mais de calma.
Realmente muito bacana esse clima de festa da competição. Muito bacana também poder ver as motos, carros e caminhões bem de perto. Máquinas fantásticas, imponentes, bonitas. Um espetáculo único e emocionante!
Ontem e hoje começamos a cruzar também com vários grupos de motociclistas viajantes na rota do Peru. Hoje, na fronteira, havia um grupo de quatro brasileiros do Rio Grande do Sul (motos: Falcon, Supertenere, Suzuki 500, ...), voltando de Machu Pichu. E um outro de quatro colombianos (motos: BMW 1200 GS Adv), alguns com esposas, três dos quais indo para Ushuaia e o outro para o Brasil.
Mas antes desse astral de festa e novidades nosso dia ontem foi meio fora de sintonia. Na noite do dia 5, na chegada a Arica, a Thaís voltou a ficar meio mal devido à altitude. Esperávamos que ela acordasse bem no dia seguinte, mas ela continuou se sentindo mal.
Ao meio dia estávamos em dúvida se permanecíamos em Arequipa (e poupávamos ela do desgaste da viagem) ou se prosseguíamos para a próxima cidade, que ficava a uma altitude mais baixa (o que seria bom para que ela se recuperasse). Decidimos pela segunda opção. Seguimos então para uma cidadezinha chamada Moquegua, mil metros de altitude a menos do que Arequipa. Deu certo. À noite ela já estava melhor.
Em função dessa situação estamos um tanto preocupados com a travessia da Cordilheira dos Andes que temos pela frente (em que teremos que subir a quase 5 mil metros de altitude), mas sempre se dá um jeito, logicamente.
Entrar no Chile nos traz uma confortável sensação de familiaridade e segurança. Impressionante como tudo muda de um país para o outro, particularmente entre dois países como Peru e Chile (entre Chile e Argentina não muda tão radicalmente). O Chile é mais moderno, mais ajeitado, mais rigoroso com as coisas (na aduana tivemos que passar toda a bagagem naquelas máquinas de raio x, e confiscaram todas as nossas frutas por motivo de segurança alimentar do país...).
A maior proximidade com o Brasil também é motivo de tranqüilidade e estímulo. Agora já dá pra ‘enxergar’ a viagem até o final.
Força Sempre
A 'tribo" reunida - motos de todos os lugares.
Casal de ciclistas viajantes na fronteira Chile-Peru.
Um dos brasileiros do grupo do Rio Grande do Sul.
...Então chegamos ao Chile.
Motocicleta da Polícia (Carabineros)!
Festa nas ruas pra receber o Rally. Pessoal animado.
KTM's no centro da cidade.
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