Viajar

Estamos de mudança de Boa Vista-RR para Curitiba-PR. Pra aproveitar a oportunidade, resolvemos dar uma olhada no jeitão (antropologia, geografia, fotografia, o olhar das pessoas) dessa nossa América do Sul, fazendo a volta pela costa oeste do continente. Nossa "nave-mãe" nessa jornada será um Suzuki Grand Vitara (ano 2010). Estimamos a viagem em torno de 14 mil km, o que pretendemos percorrer em cerca de 40 dias.

Gostaríamos de compartilhar essa experiência com nossos amigos através deste blog, e, com isso, tornar essa jornada não apenas nossa, mas de todos que nos acompanharem. Convidamos vocês a viajar conosco, e a fazer comentários e sugestões.

Escrever sobre a viagem também nos ajuda a criar uma perspectiva de observadores da nossa própria história, o que é sempre interessante.

Assis, Mari e Thaís.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

31) 05 Jan 2011 - Natureza espetacular

05 Jan 11
31º dia
De Nazca a Arequipa – Peru
570 km







            Esse mundo de viagens e explorações tem muitos points conhecidos e famosos. Lugares que se tornam hits e que conseguem entrar numa espiral de sucesso mais ou menos como acontece com os astros da música e da televisão. Certamente esses pontos de sucesso têm o seu valor, assim como os artistas mais conhecidos, mas há tantos outros lugares de que nunca ouvimos falar e que não têm a menor projeção (assim como as pessoas), e que são tão ou mais fantásticos do que os conhecidos, que todo esse glamour em torno dos famosos se torna completamente vão e relativo.

            A pernada que fizemos hoje de Nazca para Arequipa é um exemplo clássico de uma região sem a menor fama, mas extraordinariamente bonito. Muito bonito mesmo. Espetacular. Uma natureza dramática, ampla, intocada, hostil e comovente.

            O Peru, na realidade, é um grande deserto. Um grande nada. Um grande vazio. Anda-se horas e horas sem passar por uma cidade. Apenas pequenos vilarejos e povoados. Pode-se contar nos dedos as cidades um pouco maiores.

            Nas estradas o movimento é muito pequeno. Poucos caminhões e pouquíssimos carros. O trecho de hoje deu um pouco mais de trabalho do que as fáceis retas da parte norte do país. Hoje houve vários trechos em que, de repente, a estrada começava a se contorcer para driblar a agressiva geografia do terreno – e aí dá-lhe curvas e mais curvas.

            Os trechos de estrada bem próximos ao mar são particularmente fascinantes. Simplesmente cinematográfico.

            Andamos a maior parte do dia junto ao mar. Um mar de ondas grandes e aspecto igualmente selvagem. Praias acessíveis e simpáticas, como as do Brasil, praticamente não existem. A maioria termina em grandes pedras ou em encostas escarpadas e muito altas.

            Além disso, sempre há muito vento e, em alguns pontos, tempestades de areia. Não é exatamente um ambiente aconchegante.

            Decidimos abortar definitivamente a ida a Cuzco e Machu Pichu, devido a uma série de fatores – o principal deles, poupar a Thaís do desgaste da altitude e de mais cinco ou seis dias de viagem. Se é a decisão mais acertada não há como ter certeza, como sempre. Mas nesse momento é a que parece mais coerente. O fato é que a viagem está de ótimo tamanho, quer dizer, só o que vimos e fizemos até agora já valeu demais a pena.

            Vamos tocar em frente.


Força Sempre



















































































Cultura de arroz irrigado.









Almoço outdoor - opção e falta de opção.


















           



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