Viajar

Estamos de mudança de Boa Vista-RR para Curitiba-PR. Pra aproveitar a oportunidade, resolvemos dar uma olhada no jeitão (antropologia, geografia, fotografia, o olhar das pessoas) dessa nossa América do Sul, fazendo a volta pela costa oeste do continente. Nossa "nave-mãe" nessa jornada será um Suzuki Grand Vitara (ano 2010). Estimamos a viagem em torno de 14 mil km, o que pretendemos percorrer em cerca de 40 dias.

Gostaríamos de compartilhar essa experiência com nossos amigos através deste blog, e, com isso, tornar essa jornada não apenas nossa, mas de todos que nos acompanharem. Convidamos vocês a viajar conosco, e a fazer comentários e sugestões.

Escrever sobre a viagem também nos ajuda a criar uma perspectiva de observadores da nossa própria história, o que é sempre interessante.

Assis, Mari e Thaís.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

9) 13 Dez 2010 - Jogo duro

13 Dez 10
8º dia
De San Cristóbal – Venezuela a Cúcuta – Colômbia
70 km

            Levamos uma canseira hoje pra conseguir atravessar essa fronteira e regularizar todos os trâmites aduaneiros. Haja calma e paciência!!

            Precisamos de cerca de quatro horas pra percorrer os 40 km de San Cristóbal até a aduana de saída da Venezuela. Trânsito absolutamente caótico. Quilômetros e quilômetros de engarrafamento, confusão, e gente pra tudo que é lado. A autêntica ‘cara’ da América Latina. Se não fosse tão difícil, seria até engraçado.

            Os procedimentos de saída da Venezuela até que foram rápidos, com exceção de uma hora de espera devido ao intervalo do almoço, no qual não há expediente nos escritórios.

            A entrada na Colômbia também não demorou. O que foi muito enrolado foi a entrada do carro. Perdemos a tarde inteira pra resolver todas as exigências da aduana. Mas agora está tudo ok.

            Cucuta, a cidade colombiana próximo à fronteira, é bem grande, e tem o mesmo trânsito nervoso e desorganizado da sua vizinha venezuelana. A cidade é também igualmente suja e de aspecto pouco simpático, mas parece que tem boa estrutura de comércio e serviços (com exceção de postos de gasolina. A gasolina é vendida em galões em cima das calçadas, tipo camelô. Certamente devido ao preço fora da realidade do país vizinho).

            Pretendíamos ter seguido até a próxima cidade colombiana – distante cerca de 200 km daqui - ainda hoje. Não deu. Perguntando aos locais sobre a distância até essa cidade, a mesma resposta ali dos vizinhos: “de quatro a cinco horas”... Será que vai ser sempre assim?

            A tripulação – Mari e Thaís – agüentou firme o tranco hoje.

            Vivenciando essa balbúrdia de gente, carros, motos e poluição visual e sonora de hoje me deu saudade da viagem de moto à Patagônia em 2007 – do silêncio, da amplidão, e do vazio demográfico daquelas terras... Muito bacana aquela região.

            Amanhã então vamos começar de verdade a etapa Colômbia. Que bons ventos nos embalem.

Sempre em frente.



















Nenhum comentário:

Postar um comentário