09 Dez 10
4 º dia
De El Tigre a San Carlos – Venezuela
A impressão que me dá quando vejo, in loco, o estado de vida de um povo como o que vimos hoje, é que em algum lugar, em algum momento, alguma coisa se perdeu na história da humanidade neste sofrido planeta. Parece que as pessoas trabalham, correm de um lado para o outro, e vivem, enfim, uma vida dura, nua e crua. Tão castigado e tão mal cuidado é o estado de tudo o que vimos! Uma pobreza triste, feia, sem perspectiva, sem direção!...
Pode ser também (o que, aliás, é mais provável) que esta rápida avaliação acima esteja completamente equivocada. Pelo motivo óbvio: é uma opinião pessoal, com todo o modelo pessoal de mundo. Vai ver essas pessoas não querem mesmo outra coisa da vida se não o que têm, do jeito que têm. Porque se estivessem incomodadas já teriam dado um jeito de mudar.
Mais um dia difícil hoje, mas por motivos diversos dos dias anteriores. Não choveu, em compensação o dia inteiro foi numa estradinha tranqueira, ruim, ruim, ruim. Pista simples, sem acostamento, repleta de buracos, ondulações, imperfeições, sem sinalização alguma, cheia de caminhões velhos e mal cuidados (e, é lógico, com pontos de retenção por conta de acidentes, locais com passagem para um só veículo e por aí vai), e ainda por cima com uma paisagem sem graça e o pouco de presença humana ao longo do caminho totalmente a la faroeste. Essa estrada só não é pior do que a BR 174, entre Manaus e Boa Vista (se bem que não fica muito longe), mas essa já é outra história.
Nem um lugar decente pra parar. O almoço foi numa calçada de um posto de gasolina – pão com patê de atum (ótimo, por sinal). Dessa vez nem nos demos ao trabalho de tentar olhar algum lugar pra comer alguma coisa...
Saímos às oito da manhã de El Tigre, paramos praticamente só para esse lanche do almoço, e chegamos a San Carlos, onde estamos, às sete da noite, já escuro (e rodamos apenas 560 km !). Difícil, lento, cansativo, mas tudo bem, tudo sob controle.
O ânimo da “equipe” continua elevado. Aos poucos vamos encaixando o ritmo da viagem.
Amanhã vamos fazer meio que um desvio no roteiro pra conhecer uma cidade camada Mérida, mais ao sul, que é tida como uma das principais atrações turísticas do país. É o início da Cordilheira dos Andes. Depois retornamos para o norte e rumamos para a Colômbia.
Sempre em frente.
Retenção na estrada: várias hoje.
Flores onde não há nada: olhar da Mari.
A estrada...
Tráfego pesado e estrada ruim.
Sessão de massagem em família.
Almoço improvisado.
Rústico, mas com capricho.
A vida na estrada...
Mari e Thaís no jogo de cartas no final do dia.
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